1- Antes da partida estude sua carta e a legenda da mesma. Faça isso todo o tempo que lhe estiver disponível. Familiarize-se com a forma do relevo da área; durante o percurso você não pode perder tempo tentando adivinhar o que é alto ou baixo, o que é uma cerca ou um muro. Tome exemplos de algumas medidas.
2 - Não pense no evento como se fosse uma corrida. Porque não é: na verdade é um desafio em que você luta contra suas fraquezas, com tempo determinado. Querer ultrapassar outro competidor pode ser a maneira mais idiota de prosseguir no percurso e talvez seja melhor você parar um pouco para refrescar a cabeça antes de ir adiante. Mesmo ultrapassando-o, pode ser que ele seja o melhor de todos no final daquele percurso ou da competição. Então, ultrapassar um campeão, numa pernada de 300m num campo aberto, servirá para quê?
2 - Não pense no evento como se fosse uma corrida. Porque não é: na verdade é um desafio em que você luta contra suas fraquezas, com tempo determinado. Querer ultrapassar outro competidor pode ser a maneira mais idiota de prosseguir no percurso e talvez seja melhor você parar um pouco para refrescar a cabeça antes de ir adiante. Mesmo ultrapassando-o, pode ser que ele seja o melhor de todos no final daquele percurso ou da competição. Então, ultrapassar um campeão, numa pernada de 300m num campo aberto, servirá para quê?
3 - Nunca corra à sua velocidade máxima. Você deve completar um percurso de orientação como se estivesse almoçando alguma comida deliciosa, sentindo o prazer de estar degustando aquilo com muito gosto. Nunca se deixe ficar exausto. Você pode cometer um erro no último controle tão facilmente quando no(s) primeiro(s) e é muito desanimador perder um bom percurso, já próximo do final, simplesmente porque você estava cansado demais e enganou-se. Caso você termine um percurso e sinta que ainda está cheio de energia, faça-o novamente, tentando ver onde você perdeu tempo fazendo escolha de rotas inadequadas.
4 - Tente não parar no decorrer do seu deslocamento. Se você precisar, respire fundo, mas procure manter-se em movimento, mesmo que seja caminhando. A diferença entre o primeiro colocado e o décimo não é, muitas vezes, a velocidade de deslocamento. Pegue meio minuto aqui, quinze segundos ali quando você esteve parado e você perceberá, assim como os outros, que poderia ter vencido facilmente.
5 - Não fique parado caso você tenha se perdido e ache que não consegue prosseguir. Pode ser que a Fada das Florestas apareça e lhe mostre o caminho certo, embora ela nunca tenha aparecido para mim ou para alguém. Volte pelo mesmo caminho que você estava, até ficar num ponto que você tem certeza da localização na carta. Caso você não queira fazer isso, escolha uma direção: “Se eu for para o leste, devo encontrar aquela estrada” - e corra o mais rapidamente possível, porém mantendo um olho nos acidentes geográficos que você puder identificar na carta. Quando estiver naquela estrada, comece a orientar-se novamente a partir dela. Melhor perder alguns minutos correndo 400 m do que uma hora correndo a esmo.
6 - Não corra seguindo seu “instinto”. Mantenha sempre sua carta à vista. Na mata, sempre use a bússola, contando os passos. É horrível vagar de um lado para outro, sem perceber exatamente qual o caminho certo a ser seguido e ir parar na trilha errada, muitas vezes pegando uma que esteja a 90º daquela que realmente se está querendo tomar.
7 - Não saia do controle em que está para o próximo pensando em planejar sua rota no caminho. Saia um pouco para o lado e então planeje. Escolha um ponto de ataque e dirija-se para o mesmo. Você deve sempre saber o que você está fazendo - ou seja, quando você achar que está próximo de um charco ou de uma colina, você deve vê-los, confrontando-os na carta com as características no terreno.
8 - Nunca corra sem contar passos. Mesmo que isso possa parecer desnecessário. Mesmo que você possa ver seu ponto de ataque, conte. Pode ser um acidente característico parecido que esteja 50 m antes ou depois e, estes 50 m de diferença podem deixá-lo em desespero, caso você não saiba que são 50 e não 200m. Se você contar e manter sua carta em uso, é impossível perder-se.
9 - Nunca pense que você está certo e a carta ou a bússola estão erradas. É possível mas, na maior parte das vezes, isto não acontece. Nossos preconceitos são nossas maiores fraquezas. Se você “sabe” que aquela é a ravina certa, mas não há prisma algum, seja humilde o bastante para considerar que você está errado. Veja a carta, verifique qual a ravina paralela para a qual você realmente dirigiu-se. Esqueça onde você pensou que estivesse: é surpreendente como alguém pode resolver o problema do local em que se está, somente estando convencido que é possível que você não esteja onde você “pensa” que está.
10 - Não esqueça de “ler” as curvas de nível,, tanto na carta quanto no terreno. É comum que os iniciantes pensem sobre as curvas de nível como sendo “aquela confusa massa para macarrão” que aparece entre vales e rios - e até mesmo bons orientadores enganam-se com freqüência, não observando que deveriam estar correndo colina abaixo ao invés de colina acima.
11 - Não se engane pensando que você é melhor do que os melhores. Você deve aceitar o fato de que as habilidades de orientação devem ser aprendidas, adquiridas com o passar do tempo. Não existe nenhuma mágica especial sobre azimutes, contagem de passos, curvas de nível, memorização da carta. Entretanto, somente teoria não basta: ser capaz de usá-la com confiança e velocidade adquire-se com a prática constante. Se você quer treinar suas habilidades nada melhor do que tomar parte em competições. Não fique aborrecido com o fato de que você poderia ter terminado em terceiro lugar se você não tivesse tentado cortar caminho através daquela mata fechada. Por outro lado também não é bom somente andar por estradas. Durante um ano eu andei somente por trilhas e estradas, cobrindo enormes distâncias, apreciando a paisagem, mas raramente orientando-me, raramente melhorando minha técnica, raramente aprendendo algo novo, exceto que não é possível superar aqueles que correm e vão através da mata ou do campo. Não há monstros, além daqueles que existem em nossas cabeças.
12 - Não acredite quando alguém diz que preparo físico não é importante. Entre os melhores atletas há sempre aqueles que não são muito bons corredores; mas não se engane, eles têm ótimo preparo físico. São sempre os bem preparados que dizem que preparo físico não é tudo. Eles podem ter esquecido ou nunca terem sabido como é fácil cometer terríveis enganos quando se está exausto.
13 - A melhor dica é esta: junte-se a um Clube de Orientação e pratique o esporte.
12 - Não acredite quando alguém diz que preparo físico não é importante. Entre os melhores atletas há sempre aqueles que não são muito bons corredores; mas não se engane, eles têm ótimo preparo físico. São sempre os bem preparados que dizem que preparo físico não é tudo. Eles podem ter esquecido ou nunca terem sabido como é fácil cometer terríveis enganos quando se está exausto.
13 - A melhor dica é esta: junte-se a um Clube de Orientação e pratique o esporte.
(www.orientaparana.com.br)